FAFIMAN comemora o Dia Internacional da Mulher

2021

No último dia 08 de março, comemorou-se o Dia Internacional da Mulher, e para lembrar a data, a coordenadora do curso de Pedagogia da FAFIMAN, professora Christina Aparecida dos Santos, organizou com as professoras do Departamento de Educação uma noite de memória e comemoração.

Primeiramente registrou-se a memória histórica que deu início às comemorações desse dia e, posteriormente,foram lembradas pelas(os)acadêmicas(os) o nome e a história de mulheres que, com coragem, garra e persistência, lutaram por seus direitos e fizeram a diferença na história da humanidade.

A coordenadora relata que ficou bastante grata e surpresa com a iniciativa e participaçãodas(os)acadêmicas(os)no evento, e salienta que atividades como essa são de extrema importância para a formação profissional das(os) futuras(os) pedagogas(os), bem como da formação de uma conscientização cidadã.

Deixa como mensagem e homenagem a todas as mulheres, o poema que foi declamado no dia.

Dia Internacional das Mulheres

A história que originou o dia 08 de março – dia Internacional da Mulher.

O fio da história

Lá estavam elas, ao som dos teares,
Tecendo com fio de lilás
os tecidos que deveriam vestir e aquecer outros corpos
– roupas que elas mesmas jamais vestiriam.

Já próximas ao limite de suas forças,
Exaustas pelas 16 horas de lida diária,

As operárias ainda encontravam ânimo

Para socorrer companheiras que se esvaiam tuberculosas;
Para saudar recém-nascidas
que saltavam para dentro da vida ali mesmo, sob os teares;
E para chorar envelhecidas jovens
que aos 30 anos agonizavam em seus postos e se despediam da vida.
Trabalhavam em condições subumanas, recebiam um ínfimo salário, as condições de salubridade eram precárias, não havia nenhuma lei que as protegesse no tempo de gravidez e de parto.

Embaladas pelo ritmo das máquinas,
E com o colo molhado de lágrimas,
As mulheres gestam sonhos de esperanças:
Salários dignos, melhores condições de saúde,
Jornada de trabalho que lhes permitisse abraçar mais longamente suas crianças,
Beijar mais ternamente seus maridos
E saborear um pouco mais a comunhão à mesa na simplicidade de seus lares.

Contagiadas por esse sonho,
Declararam greve e foram compartilhar seus anseios com o patrão.
Mas o patrão, indignado com tamanho absurdo,
Julgou ser este um caso de polícia.
E aquele sonho divino foi transformado
em um pesadelo infernal.

No dia 8 de março de 1857,
A fábrica de tecidos Cotton, de Nova York, foi incendiada.
As portas estavam trancadas.
O edifício foi transformado em um grande crematório.
129 mulheres morreram queimadas.

Mas a fumaça daquele holocausto espalhou-se por todo lugar,
Levando consigo o sonho daquelas mulheres,
Contagiando e sensibilizando pessoas em todo o mundo,
Que se encarregaram de tornar realidade aquele ideal.

Mártires cremadas, fios lilases,
Gestantes de um mundo melhor,
Inspiraram Clara Zetkin a propor,
Durante o 1o Congresso Internacional de Mulheres, realizado na Noruega em 1910,
A instituição do Dia Internacional da Mulher.
Desde então, a cada 8 de março,
Mulheres e homens têm reafirmado sua tarefa
De tecer uma nova história.

Adaptação do poema “O fio da história”, de Edenir Antunes Filho e LuizCarlos Ramos.

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